25 junho 2010

Copas do mundo

No país inteiro, não se fala em outra coisa. Nos bares, nas ruas, no transporte público, não importa: todo mundo tem seu lado futebolístico nesta época. A equação é muito simples: você não gosta de futebol, você não é brasileiro. 
A questão que me ponho a pensar na verdade não é de oposição nem de apoio a este fenômeno que acontece de 4 em 4 anos. Ultimamente ando muito nostáugica (por motivos que a própria razão desconhece), e então comecei a me perguntar aonde estava na Copa passada. Sim, porque eu deveria estar em algum lugar.
O pensamento foi muito muito além do que uma simples volta ao passado. Eu realmente não lembrava de muitas coisas. Sabia nomes como Parreira, lembrava que Dunga estava no comando da seleção do Japão (tava, não tava?). Trabalhava ainda com meu pai, estava no último ano do colégio, fui embora mais cedo por causa do jogo. Não, eu não assisti o jogo: eu durmi mesmo. Época bem tensa da minha vida, acordar 5h30 da manhã, ônibus para o colégio - acho que as coisas não mudaram muito. Tudo bem, parei com o momento introspecção (caro leitor, você não precisa saber tantos detalhes assim sobre mim). Mas isso faz pensar quanta coisa mudou. Amigos, pensamentos, sentimentos. E ainda teve a cabeçada do Zidane.
Tudo isto é muito vago para quem ler este texto, mas sugiro o mesmo exercício: o que você estava fazendo na Copa passada? Se esta pergunta te assusta, imagine-se então tentando responder o que você estará fazendo na Copa de 2014. De toda forma, um futuro presidente terá mudado o país, sua vida e seus amigos serão outros, talvez algum nascimento ou casamento no meio do caminho. O fato é que a vida segue seu rumo, as coisas mudam, mas estaremos lá, todos, torcendo para a seleção. Ou não.

17 junho 2010

Amizades: encontros e despedidas

Já postei inúmeras vezes neste blog sobre a amizade. Sei que para muitos este é um "não-tema" ou coisa de adolescente, mas acredito que os poucos leitores deste blog saibam os motivos que me fazem recorrer tanto a este tema. Acho que a amizade é como a paixão: por mais que já tenhamos sentido por muitas pessoas, nunca descobriremos por que tal sentimento começa ou termina. Simples assim.
Ainda assim, a amizade é muito menos intensa - e também muito mais sólida - que a paixão.A paixão, quando acaba, dói. Dói de forma lancinante, nos faz acreditar que aquela dor nunca vai passar. Mas passa. Pode demorar dias, semanas. Mas passa.
Com uma amizade é diferente. Quando se é amigo de uma pessoa, envolvendo toda a sua alma nisto, é muito mais doloroso aceitar que o sentimento acabou. Muitas vezes você não percebe a ferida, afinal, não é como a paixão que destrói tudo à sua volta. Quando uma pessoa deixa de ser sua amiga, você fica chateado, os dias parecem mais negros, as coisas parecem mais tristes. E a dor é pra sempre.
Serei um pouco mais direta - e pessoal. Sempre tive poucos amigos (já fui muito mais anti-social do que hoje), mas os que tive sempre tiveram toda a minha deditação. Existem brigas, é claro,  mas a verdade  que quando eu coloco uma pessoa em minha listinha pessoal, é pra valer.  
O oposto também se aplica. Quando preciso arrancar alguém da lista, dói. Alguns eu jamais consegui riscar, mesmo quando realmente mereceram (não é, Oscar?). Outros amigos, mesmo que as circunstâncias tornem isto mais difícil, é necessário fazer parar a dor de perder o respeito por quem já se admirou um dia. As pessoas crescem, mudam, e de repente se tornam mundos completamente diferentes. Não acho que o  meu jeito seja melhor que de outros, tão pouco acredito que estas precisem de mim. O problema é exatamente o contrário: o erro foi meu, que deposito tanto amor em certas pessoas que acaba sufocando facilmente. E dói.
Mas é chegada a hora. Jamais perderei a educação, a elegância ou a compostura,  e talvez alguns jamais percebam esta ruptura. A mudança não é tão explícita, é mais profunda do que algumas pessoas conseguem enxergar. Apenas um nome na lista. Mais uma despedida.

Mudanças...

... de layout e design.

Legal né?

09 junho 2010

Declaração de Amor IV

Lanchonete de alguma faculdade em São Paulo.

- Vamos pedir mais uma porção de batatas?
- Vamos!
- Pensando bem, é melhor não pedir não. Estou me sentindo meio gorda.
- Eu que o diga, engordei mais desde que comecei a namorar você.
- Mas dizem que namoro engorda mesmo, Re.
- É... principalmente quando você tem uma namorada gulosa...
- Deixa eu entender... Você está me chamando de gulosa?
- Quem foi que sugeriu comprar mais batata mesmo?

....

Um ano e seis meses, dia dos namorados. Algumas coisas não mudam.

 
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