29 julho 2010

Abóboras no Brasil

"Time 
is never time at all
You can never ever leave without leaving a piece of youth
And our lives are forever changed
we will never be the same
the more you change the less you feel"
Tonight Tonight
 
Smashing Pumpkins (Abóboras esmagadas em tradução livre) é uma banda grunge-gótico-alternativo(e recentemente psicodélica) que alcançou seu auge nos anos 90', com Billy Corgan no vocal, James Iha na guitarra, D'arcy Wretzky no baixo e Jimmy Chamberlin na bateria e percussão. A banda, que passou por um grande hiato desde 2000 por motivos de brigas internas, drogas e outras coisas típicas de bandas de rock, voltou em 2006, com algumas mudanças na formação original. Atualmente, somente Corgan continua na banda, que tem lançado as faixas do novo CD para downloads gratuitos na internet. No site oficial da banda, foi confirmado a presença deles no festival Planeta Terra, a ser realizado no dia 20 de novembro deste ano no parque de diversões Playcenter.
Tá, aí você me pergunta: e eu com isto. Eu, educadamente, respondo: não sei qual é a sua relação com esta banda, mas pra mim, tudo mudou. Meus quinze anos de volta. Se você me conhece, principalmente por msn, sabe que eu sou louca por esta banda. As letras mais profundas e sombrias sobre a conturbada e triste adolescência flutuam entre as letras e as melodias dos Pumpkins. Me sinto eufórica, e contente, e anciosa, e feliz, e conturbada. Tudo ao mesmo tempo. Faz anos que não me sinto assim. Acho que desde quando conheci a banda, mesma época em que me apaixonei por outros como Alice in Chains, Nirvana e Pearl Jam. E sim, este não é um post de uma estudante do terceiro ano de jornalismo da Cásper Líbero, mas sim de uma fã enlouquecida que, desde que foi confirmado oficialmente o show, não consegue ouvir outra coisa. O fato é que faltam 121 dias para eu estar no mesmo ambiente que um ídolo dos meus tempos mais sombrios, um dos poucos que ainda vivem. E não perderei este show por nada que seja deste mundo.

"Inside of me and such a part of you
Ooh, the years burn"

18 julho 2010

Viagem a Minas Gerais

  Pão de Queijo

Doce de Leite


Goiabada


Bolos




Fato: Minas é uma delícia.

01 julho 2010

Para descontrair

Acho esse texto que postei muito pra baixo. Para recompensar, segue o vídeo mais guti-guti que eu já vi na internet. Ele é antigo e provavelmente você já cruzou com ele antes, mas sempre vale a pena ver denovo.

Exercitando meu estilo literário

Giovana sentou, olhou, pensou, murmurou, chorou, e depois sorriu baixinho. O que seus quinze anos diriam a nós se descobrissem que nada funcionou? Na cama do hotel, de colchões e mantos que quase engoliam o quarto, não se conformava com o fato de que nunca fora feliz. Chorou. Sentia que alguma coisa estava errada, mas nunca conseguiu descobrir por que a alegria a rejeitou. A viagem para os Estados Unidos e França e Espanha e Japão e Butão e outros países que tivessem a felicidade como lei, de nada adiantaram. Nascera para ser infeliz, constatou.

Sorriu baixinho porque o televisor estava ligado. No telejornal, uma moça de cabelos negros avermelhados anunciava que um projeto talvez fosse aprovado, um grupo de pessoas queriam que a felicidade fosse um dever do Estado. Seria o fim de seus problemas, de suas dúvidas, de seus dilemas, de sua morte? A janela aberta revelava um dia acinzentado, calado, molhado. Pecando contra sua própria natureza, por um momento morte não era um resultado. A felicidade. Há felicidade. A Esperança havia retornado.

Giovana decidiu então  mudar na vida. Se jogar por inteiro em uma alegria tão superior e suprema que sua satisfação seria suficiente para sair do sofrimento. Pretendia sair e beber e dançar e cantar e curtir e ficar com qualquer pessoa que lhe oferecesse cinco segundos de diversão. O importante não era o quem ou o aonde, mas que colocasse fim nas minhas feridas dentro dela, tonando-se livre de qualquer violência. Correria cuidadosamente para fora hotel, com qualquer estranho que tivesse um carro veloz.

Mas então abriu a porta e seu pai lhe esperava sem calças, sem alegria, sem pudor, sem alma. Sabia que não era Giovana, nem Ana, nem Fernanda, nem Santa... era Lolita. Seus olhos de lágrimas latentes e lúbricas lamearam-se de repente, entre a maquiagem pesada e os cílios negros, formando um rio que percorria seu rosto. As feridas se abriram, como outras partes de um corpo que já não se encontravam em seu poder. Nem o PEC da felicidade nem o Artigo 172.º do Código Penal poderiam salvá-la da escravidão, da servidão, da aberração e solidão. Seu pai estava dentro dela e isto era tudo.



*Texto escrito para a matéria de Técnicas de Redação I da Faculdade Cásper Líbero.

 
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