18 outubro 2010

Heróis gregos

Mais uma postagem daquelas aceleradas, como o coelho de Alice no País das Maravilhas, indo para algum lugar que nem mesmo ele sabe, mas com pressa. A questão é que este sábado foi marcado pela tragetória de dois personagens de ficção, um do cinema e outro de um livro, que conquistaram o meu coração e permitiram a mais sincera reflexão sobre o mundo, sobre a política brasileira e, acima de tudo, sobre os seres humanos.

O primeiro é conhecido por quem leu o último post deste blog. Bento, ou melhor, Bento Lucas, o trigézimo "abençoado" disperto no mundo pós-Noite Maldita, teve todas as fases de um herói: de fraco e confuso, passou a líder absoluto e depois a chefe insandecido, devido a sua fixação em cumprir de forma correta sua missão na Terra. Sei que vocês não entenderam muito, mas deixo os detalhes para quem quiser se maravilhar entre as páginas deste que considero um dos melhores livros que já li. Nosso herói faz com que nos apaixonemos e depois recuemos, com uma mistura de medo e sedução. Lucas vai conquistando a cada página mais fiéis, que desejam tanto quanto ele que tudo acabe, que os vampiros sejam destruídos. Entretanto, mais do que os vampiros, o mundo só conseguirá respirar em paz se, acima de qualquer outra coisa, os homens possam continuar a viver em comunhão, tal como aprenderam após a chegada dos vampiros. Dá para imaginar? São Paulo sem violência, sem trânsito, com todos trabalhando junto por um bem comum? É. atualmente, não dá. Mas não devo lhes adiantar mais nada sobre este livro. Leiam.

Meu outro herói (ou podemos chamar de anti-herói) neste final de semana foi o Capitão Nascimento. Alguém pode até não gostar do primeiro Tropa de Elite (se isso for mesmo possível), mas tenho que confessar que o segundo é simplesmente ge-ni-al. A imagem é de um ser humano que realmente "cai para cima" e que, por seus ideiais profissionais facilmente questionáveis, se afasta de sua própria humanidade, de sua pessoalidade. Quem não assistiu também deve se achar perdido, e quem assistiu como o Renato Bazan virá com outras 300 reflexões do filme, todas válidas. O que discuto aqui é a personagem, que por si só já daria muito "pano para manga" para diversos psicólogos de plantão. Tal como o livro, fica minhas sinceras recomendações: assista, mesmo que na versão pirata... =p

Entretanto, o que queria dizer nestas poucas (que já são muitas palavras) é que estes dois personagens me conquistaram esta semana pela tragetória do herói Grego, que através de suas aventuras acabam se auto-descobrindo, fazendo com que o leitor/espectador possa ser envolvido por esta aura que os cerca em suas jornadas, que nos faz rir, chorar, odiar e amar junto com eles. Fica a dica de um livro e um filme e, só para não dizer que esqueci da  música, segue o clipe de uma interpretação fenomenal do Seu Jorge, mesmo em uma música do Zeca Pagodinho, em homenagem a sua rápida atuação em Tropa de Elite 2.


1 Reações:

Oscar disse...

belo post...o livro parece intrigante,o filme parece interessante e a musica é fascinante...=D..blues/samba,ou algo entre os dois,muito bem refeito pelo seu jorge..lecau,muito lecau..^^

bjoss

e vamo movimentar mais esse trem aki..^^

 
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